Uma casa da Acolhida: Mambré do outro lado do oceano

Quem parte leva saudades de alguém, 

que fica chorando de dor.
Por isso não quero lembrar
quando partiu meu grande amor.
Ai, ai, ai, ai está chegando a hora.
O dia já vem raiando meu bem e eu tenho que ir embora.
Ai, ai, ai, ai está chegando a hora.
O dia já vem raiando meu bem e eu tenho que ir embora.
(Emilinha Borba)

http://s172.photobucket.com/user/rodrigodyas/embed/slideshow/HOMENAGEM%20A%20SCARAFILE

 
Éverdade que na historia biblica a hospedaria sempre foi sagrada, o texto do Gn 18 1-14 fala de uma visita ao meio-dia na casa de Abraao e Sara. Nestes dias que passamos no calor humano brasileiro da Familia Scarafile, pecebemos apressar de fazer o pao grande da partilha. Haja comida! Os alimentos se misturavam com outros sabores, historias, tradiçao e sonhos.
 
Cheguei na Italia domingo e na bagagem trazia letras, sonhos e esperança…
Ao chegar depois do abraço afetoso a surpresa: o amigo Jorginho estava ainda no Brasil. – Isto mesmo so podia ser Jorginho!
 
O primeiro compromisso em solo Italiano: uma missa onde os textos apresentavam que so e possivel amar a Deus se amamos o proximo. Essa experiencia de amor foi concretamente vivida com a familia Scarafile. Risos e segredos fizeram deste intercambio uma construçao de uma grande familia.
 
Ah sim! O amigo jorginho que era para chegar no domingo, tambem nao chegou na segunda feira, – coisa de Jorginho!
 
Dia 12, terca-feira, minha primeira agenda oficial e mais um gesto de amor da familia Scarafile o “Nonno” (avô em italiano) liberado para uma viagem entre historia e supresa.
 
Antes do sol nascer no centro da Italia pegamos estrada para cidade de Bolonha e a primeira faculdade da Europa era o destino. O caminho ate bolonha muitas historias de vidas e lutas, marcos historicos da segunda querra mundial, sangue, batalha e reconciliacao faziam parte deste caminhar.
 
Chegamos em Bolonha fizemos uma visita ao centro e as torres Asinelli e  Garisenda, onde fomos despertados pela beleza nao pela grandeza do monumento patrimonial, mas sim, pela simplicidade dos jovens que lotam as ruas de musicas, protestos e amor.
 
Chegado o horario da conferencia, as minhas pernas tremulas carregavam o peso e a responsabilidade de representar uma cidade, um povo, uma nacao, uma historia de dois analfabetos que diziam: “O estudo è unica coisa que posso lhe dar que ninguem tira”, trazendo aqui a memoria dos meus avos.
 
Enfim, encontramos a simpatica e Brasileira Livia… Professora da Universidade e vamos nos, eu e Giorgio para palestra.
Confesso que me sentir em casa e fiquei admirado como aqueles jovens estudantes participaram da conferencia indagando sobre tudo com o brilho nos olhos. Fantastico!
 
Ah sim! Neste exato momento da conferencia chegava ao solo italiano o professor, blogueiro, fotografo, frentista, clikador, domador de tigres, cozinheiro e provador de birra, o Jorginho. Sim! O Jorginho! Mas, so depois do sol se por estavamos juntos, os tres.
 
Durante estes dias na Italia perdemos o medo de aprender falar com as pessoas, descobrimos que existe uma linguagem universal: – a solidariedade, – a gentileza, – acolhida, o que nos fez entender porque nos perdermos nos becos de Veneza e encontramos em Turim a prova do amor solidario onde letras e cartas se tornaram corpo.
 
Nos perdiamos na lingua italiana “pego”, “prego”, e nos encontravamos nos banquetes oferecido pela familia Scarafile.
 
Perdemos a vergonha de perguntar como è e impomos com orgulho nossa alegria ao gritar em todos os cantos: – Brasilie.
 
Em meio a tantos lugares produzimos imagens com uma maquina que, no decorrer dos dias, percebemos o misterio dessas imagens transcendendo a solidariedade expressada no sentimento de emoçao e de esperança de nosso amigo Giorgio Scarafile, que faz da sua casa, a casa do encontro abençoada pelo amor trinitario e consagrando-a como “Mambré” do outro lado do oceano.
 
Hoje! chega ao fim este intercambio. E com arrepios e lagrimas, que é impossivel esconder, expressamos além das palavras o nosso muito obrigado a familia Scarafile. Com o coraçao apertado vamos partir de volta para nosso aconchego: Brasil!, mas deixando um pedaço de nos no chao dessa historia. E como diz os italianos: Arrivederci! Arrivederci!

Rodrigo Dias – Escritor Brasileiro
 

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